terça-feira, 24 de março de 2015

Top Ten Tuesday: Dez Livros da Minha Infância que Eu Adoraria Revisitar


Top Ten Tuesday é um meme criado pelo Blog americano TheBroke and The Bookish onde toda terça feira bloggers do mundo inteiro escrevem sobre a sua versão de uma mesma lista de 10 coisas. Essa semana eu vou falar sobre os Dez Livros da Minha Infância que Eu Adoraria Revisitar.
É incrível como o universo conspira! Acabei de voltar da casa da minha mãe, onde ela me pediu para levar meus livros que ainda estavam com ela para a minha casa pois ela está fazendo uma limpa! Entre estes livros estão vários destes que eu estou listando agora – incluindo a coleção completa do Mundo da Criança que é herança de família! Hoje eu os listei por data que eu li: dos mais antigos para os mais novos.


10) O Mundo da Criança, Enciclopédia Infantil (15 volumes, desde 1949)

Não é a toa que eu era nerd antes mesmo de essa palavra ficar conhecida no Brasil: a coisa que mais liam para mim quando pequena era O Mundo da Criança, uma enciclopédia infantil. Mas essa não é uma enciclopédia comum. Os livros traziam poemas, histórias contadas, histórias de fadas, informações sore animais e a natureza em geral, sobre a história da humanidade, e todo o tipo de coisas interessantes para uma criança de 5 anos. Impossível não se apaixonar! Mas talvez essa loucura por enciclopédias seja uma coisa só minha mesmo. Afinal, eu também lia Barsa por divertimento quando era adolescente...


9) Qualquer Coisa do Monteiro Lobato

Eu acho que eu nunca li de fato, com os meus próprios olhos, nada do Monteiro Lobato. Essa Coleção da foto é a que eu ainda tenho: linda, antiga, divertida – e infelizmente muito extensa para uma menina de 7 anos ler sozinha. Então liam para mim, um pouquinho de cada história cada noite, e eu amava! Não seria maravilhoso lê-la novamente e apreciar o gênio que foi Monteiro Lobato de outra maneira?


8) A Coleção Conte Outra Vez, da Editora Globo, narrado pela Xuxa

“E essa bela história, saiu por uma porta e entrou pela outra. E quem souber que conte outra.” 

Se você nunca ouviu estas palavras ditas pela sua heroína de infância no final de um conto de fadas tocado em um aparelho de fita K7, ou você nasceu depois de 1990, ou se deu muito mal! Eu sou apaixonada por essa coleção – que eu guardo com todo o carinho – porque eles têm o tamanho perfeito para uma criança ler (nem tão longo, nem tão curto); e porque eles têm as ilustrações mais lindas que eu já vi no mundo.  São versões realistas de histórias famosas (e nem tão famosas) de gigantes como os Irmãos Grimm e Hans Christian Andersen. Isto quer dizer que elas não são tão água com açúcar quanto as suas versões da Disney (apesar de ainda serem apropriadas para crianças). Eu não tinha a coleção inteira com os 12 livros (24 contos), mas parece que vou conseguir completá-la com a ajuda de sites de compra como o mercado livre e a OLX. As minhas favoritas eram A Bela Adormecida, A Fada Pluminha, O Aprendiz de Feiticeiro, e O Pássaro de Ouro. Para saber um pouco mais sobre todas elas, clique aqui


7) Assassinato no Expresso do Oriente, de Agatha Christie

Na verdade, qualquer livro da Rainha (Mor, Suprema, e Maravilhosa) do Mistério caberia aqui, mas este em especial me cativou muito quando pequena. Um assassinato ocorre enquanto o luxuoso Expresso do Oriente está preso na neve no meio da sua jornada de Istambul para Londres. Por sorte, o meu investigador favorito, Hercules Poirot, está neste trem e vai desvendar este mistério! Eu ando com muita saudade da Agatha Christie, e não tenho dúvida que vou (re)visitá-la em breve. Quem sabe quando o meu pacote da Coleção Agatha Christie (Caixa 1) chegar!


6) Pollyanna, de Eleanor H. Porter

Pollyanna hoje é sinônimo de otimismo e ingênuidade exagerados, ou pelo menos é assim que eu ouço por aí. Mas não foi assim pra mim quando eu li esse livro pela 1ª vez, quando eu tinha mais ou menos 9 anos. Ela me ensinou que generosidade se paga pelos amigos que você faz com ela; mas principalmente ela me ensinou que a nossa felicidade depende de cada um de nós, da maneira que escolhemos ver as coisas. Seu copo está meio cheio, ou meio vazio? Só você pode decidir como as coisas te afetam – se positivamente ou negativamente.


5) As Aventuras de Sherlock Holmes, do Sir Artur Conan Doyle

Esse foi o primeiro livro de contos que eu li na minha vida – e que maneira maravilhosa de começar! Estas historinhas curtas e espertas vão fazer você conhecer – e amar – o detetive mais famoso do mundo devagarinho, como deve ser. Sherlock funciona porque não é um personagem perfeito – cheio de falhas para completar a sua genialidade, ele ganha você de mansinho. As histórias mais compridas dele são mais legais, é verdade. Mas esse é um bom começo!



4) O mundo de Sofia, de Jostein Gaarder.

Eu já mencionei que era nerd? Então, esse livro que mistura filosofia com mistério me encantou logo de cara! Ele é um livro mais lento, mas que não tem nada de chato! Às vésperas de seu aniversário de quinze anos, Sofia Amundsen começa a receber bilhetes e cartões postais bastante estranhos. Os bilhetes são anônimos e perguntam a Sofia quem é ela e de onde vem o mundo em que vivemos. Os postais foram mandados do Líbano, por um major desconhecido, para alguém chamada Hilde Knag, jovem que Sofia igualmente desconhece. O livro segue Sofia enquanto ela tenta descobrir esse mistério, e aprende, lição a lição, o que é a filosofia. Eu reli este livro não faz muito tempo, em honra do nascimento da minha sobrinha Sofia (que tem 1 ano e 9 meses). E acho que eu amei ainda mais do que da 1ª vez! Ele é um livro grosso, mas muito fácil e rápido de ler.


3) Mulherzinhas, de de Louisa May Alcott.  

Este é facilmente o ivro favorito da minha infância. Mulherzinhas é um livro de 1868 que conta a história de 5 mulheres que não tem nada de pequeninhas. Caso você esteja se perguntando, sim, é um título irônico que se contrapõe a imagem da mulher de antigamente. Ele conta a história das mulheres March, uma mãe e suas quatro filhas, e sua a luta pela sobrevivência e felicidade. Em um mundo machista e numa época econômica difícil, as mulheres desta família batalham para viver sem o patriarca por perto (que lutava em uma guerra). Uma boa educação – no sentido acadêmico e de valores pessoais, mas não no sentido de conformidade social – é a coisa mais valorizada nesta família. Cada uma das personagens, apesar de muito diferentes umas das outras, tem suas falhas e grandes qualidades destacadas de uma maneira linda e inspiradora. Foi um marco na minha pré-adolescência e eu recomendo para qualquer um!


2) O Dia do Curinga, de Jostein Gaarder

O Dia do Curinga é a história de um garoto chamado Hans-Thomas e seu pai, que cruzam a Europa, da Noruega à Grécia, à procura da mulher que os deixou oito anos antes. No meio da viagem, um livro misterioso desencadeia uma narrativa paralela, em que mitos gregos, maldições de família, náufragos e cartas de baralho que ganham vida transformam a viagem de Hans-Thomas numa autêntica iniciação à busca do conhecimento. Este livro me surpreendeu aos 15 anos de idade. Eu me lembrava de ter gostado de O Mundo de Sofia, mas também me lembrava de ele ser lento. Já O Dia do Curinga não foi! Uma história surpreendente que abriu a minha mente para o meu gênero favorito hoje em dia: a Fantasia! É um livro extraordinário, principalmente para quem gosta que História e charadas estejam entremeadas na sua leitura.


1) Hamlet, de William Shakespeare

Quando eu li Hamlet eu tinha 16 anos e já não era mais criança, verdade, mas sinto que era muito imatura para compreender a complexidade toda do texto. Francamente, faltava em mim a malícia e a sensibilidade política para aproveitar esse livro como deveria. Na peça o Príncipe Hamlet tenta vingar a morte do pai, que foi morto pelo seu tio (irmão do dito pai), e que acaba casando com a rainha (a viúva, e mãe de Hamlet). Só o que eu conseguia pensar era “Eca! Isso é pior que novela mexicana!” Mas na verdade eu sinto que muito disso foi imaturidade minha. É óbvio que Hamlet tem nuances mais profundas que isso. O que me lembro de mais ter gostado desta peça de Shakespeare foi como lidou com transtornos mentais, de maneira sutil e poderosa ao mesmo tempo (O Hamlet sentia que estava enlouquecendo, e a Ofália era deprimida). Acho que lê-la novamente com o meu olhar mais maduro para leitura e com mais conhecimento da Psicologia seria maravilhoso!


Este é o meu Top Ten de hoje! Mas se você lê em inglês e quer um pouco mais, eu preparei uma lista de livros baseados em contos de fadas que você pode gostar: Cruel Beauty e Guilded Ashes, de Rosamund Hodge são versões YA poderosas de contos de fadas (A Bela e a Fera, e Cinderela, respectivamente), muito originais e nada boazinhas; Strands of Bronze and Gold, de Jane Nickerson é uma versão YA da terrível história do Barba Negra, porém na forma de um Romance Histórico; e, é claro, The Lunar Chronicles (As Crônicas Lunares), de Marissa Meyer, que mistura Fantasia e Ficção Científica em aclamadas versões de contos de fadas (Cinder é sobre a Cinderela, Scarlet sobre a Chapeuzinho Vermelho, Cress sobre a Rapunzel, e Fairest sobre a Rainha Má).


Por favor me conte a sua opinião sobre estes livros, quais deles você está planejando ler, ou fale do que quiser! Eu prometo que respondo!!

2 comentários:

  1. Oi Raquel!! Adorei o seu post!
    Compartilho da saudade por alguns destes livros também! :)
    Abraço!

    Blog Mundo Mágico dos Livros

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    1. Oi Gabe! Obrigada vir vir me dar um alô! Adoro o blog de vocês! Bjos

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