Resenha Divergente (Trilogia Divergente Livro 1), de Veronica Roth

Título Original: Divergent
Autor: Veronica Roth 
Lançamento: 25 de abril de 2011 (28 de fevereiro de 2012 por esta editora)
Número de Páginas: 487 páginas
Editora: Katherine Tegen Books

Título Nacional:  Divergente, Uma Escolha Pode Te Transformar (Trilogia Divergente Livro 1)
Tradutor:  Lucas Peterson 
Lançamento no Brasil: 15 de setembro de 2012                                              
Número de Páginas: 504 páginas
Editora no Brasil: Rocco

Sinopse: Numa Chicago futurista, a sociedade se divide em cinco facções – Abnegação, Amizade, Audácia, Franqueza e Erudição – em que as pessoas são compelidas à desenvolverem uma determinada virtude especial – altruísmo, generosidade, coragem, sinceridade e inteligência, respectivamente.  Não pertencer a nenhuma destas facções é como ser invisível. Aos 16 anos de Idade Beatrice Prior participa do teste que todos os cidadãos têm que participar: um que determinará a sua aptidão e influenciará na sua escolha entre continuar na Abnegação, e nunca se sentir completamente parte da comunidade, ou seguir seu caminho, e nunca mais conviver com a sua família. E o pior, a resposta tranquilizadora que o teste deveria dar acaba colocando-a em perigo: Beatrice é Divergente, e não se encaixa em lugar algum.
Primeiro volume de uma bem-sucedida série de distopia – segmento em alta no mercado editorial juvenil desde o sucesso Jogos Vorazes – Divergente, romance de estreia de Veronica Roth, tem como protagonista uma jovem em embate com suas próprias escolhas.

Gênero: Young Adult, Distopia, Ficção Urbana

Resenha: Esta trilogia segue a protagonista, Beatrice Prior, na sua busca por identidade. Ela é uma menina normal de 16 anos que, como muitos adolescentes, não sabe bem onde se encaixa no mundo. O teste, que deveria ajuda-la nesta decisão, acaba confundindo-a mais ainda. O que é Divergente? E porque ela deve esconder de todos esta característica? Amei este mistério todo em volta do que é ser Divergente. Criou uma tensão fantástica para a história – tensão esta que compreendemos melhor no final do livro, e melhor ainda com o passar da trilogia.

Achei as facções algo extremamente original! Li este livro faz tempo, mas ainda não consigo encontrar nada parecido neste mar de Distopias YA que existem por aí. Ouvi alguém compará-la com as casas do Harry Potter (Soncerina, etc..), mas honestamente não vejo nenhuma relação. Como em muitas distopias, este sistema de facções foi criado para “o bem”, para curar o mundo da maldade. No entanto, acabam aprisionando as pessoas e, neste caso, forçando-as a escolher entre a sua vontade e a sua família. E esta opressão – que começa sutil e vai crescendo – foi muito bem articulada. Você sente o que a Beatrice sente, e até compreende o comportamento por traz de alguns malfeitores por eles estarem igualmente presos a este sistema.

Existem mil razões pelas quais este livro é fantástico (e, sim, melhor que o filme). A primeira é a perspectiva em 1ª pessoa. Estar dentro da cabeça da Beatrice é muito legal para o desenvolvimento da história. Ela é uma pessoa normal (não é nenhuma super-heroína), mas é verdadeira, corajosa, leal e justa. Ela passa por dificuldades e tem defeitos, mas é alguém por quem você torce o tempo todo.
A segunda é a ação. Depois que faz a sua escolha, Tris (que de fato escolhe uma nova identidade, achei isso muito legal) tem que aprender a lutar – literalmente e mentalmente. Mesmo nas cenas que não há lutas físicas, a tensão é palpável e faz este livro ser impossível de largar. E como mencionei antes, a tecnologia por trás das simulações é super envolvente, e acrescenta muito para a ação da estória.

O romance também é uma parte que me agradou muito. Ele é realista, interessante, cheio dos seus próprios mistérios e proporciona uma infinidade de borboletas na barriga. Quatro (e eu juro que esse nome ridículo faz muito sentido) é um protagonista digno de ser chamado de personagem principal. Protetor, mas na dele; forte, mas sensível; inteligente, mas humilde.
Os outros personagens também são dignos de elogios. Eles são diversificados, interessantes e complexos – até os “malvados”. Os pais da Tris – que guardam muitas surpresas e são exemplos saudáveis de autoridade, algo raro em distopias – e os amigos que ela faz na nova facção – a hilária Cristina, e o sexy Uriah estão entre os meus favoritos – são especialmente notáveis.
Este é o melhor livro da trilogia, sem dúvida!

No Geral:
Minha classificação: 5 de 5 estrelas
Eu leria este livro novamente? Sim.
Leria outros livros escritos pela autora? Com certeza!
Eu recomendo? Sim! Acho que é uma série inescapável se você ama YA, Distopias, ou livros cheios de ação. Você também vai gostar dessa série se gostou de: Jogos Vorazes, de Suzanne Collins; e Legend, de Marie Lu.
Classificação Indicativa: A partir dos 13 anos. Não é muito gráfico, mas esse livro tem um pouco de conteúdo de sexo e violência, além de decisões muito complexas para quem tem menos idade que isso. Mas não tem limite de idade para cima!

MEU PRÓXIMO LIVRO, POR FAVOR!

Se você já leu e gostou desta série, eu recomendo: A trilogia Delírio, de Lauren Oliver, por ser um mundo distópico fenomenal e incrivelmente possível, cheio de ação e surpresas; A trilogia Destino, de Ally Condie, por ser uma distopia que, apesar de mais doce e branda, é uma história surpreendentemente forte. 

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