Sombra e Ossos, de Leigh Bardugo (Trilogia Grisha)

Título Nacional: Sombra e Ossos            
Ano de Lançamento: Setembro de 2013

Número de Páginas: 288 páginas             
Editora: Gutenberg                                   

Tradutor: Eric Novello                              

Título Original: Shadow and Bone
Ano de Lançamento: 2012
Número de Páginas: 368 páginas 
Editora: Henry Holt and Co. 
Autor: Leigh Bardugo

Sinopse: Alina Starkov nunca esperou muito da vida. Órfã de guerra, ela tem uma única certeza – o apoio de seu melhor amigo, Maly, e sua inconveniente paixão por ele. Cartógrafa de seu regimento militar, em uma das expedições que precisa fazer à Dobra das Sombras – uma faixa anômala de escuridão repleta dos temíveis predadores volcras -, Alina vê Maly ser atacado pelos monstros e ficar brutalmente ferido. Seu instinto a leva a protegê-lo, quando inesperadamente ela vê revelado um poder latente que nunca suspeitou ter. A partir disso, é arrancada de seu mundo conhecido e levada da corte real para ser treinada como um dos Grishas, a elite mágica liderada pelo misterioso Darkling. Com o extraordinário poder de Alina em seu arsenal, ele acredita que poderá finalmente destruir a Dobra das Sombras. Agora, ela terá de dominar e aprimorar seu dom especial e de algum modo adaptar-se à sua nova vida sem Maly. Mas nesse extravagante mundo nada é o que parece. As sombrias ameaças ao reino crescem cada vez mais, assim como a atração de Alina pelo Darkling, e ela acabará descobrindo um segredo que poderá dividir seu coração – e seu mundo – em dois. E isso pode determinar sua ruína ou seu triunfo.

Resenha Completa: Eu li este livro em inglês em 2013, o ano que Ruina e Ascenção foi publicado nos EUA. (Eu li também em português, e a tradução é bem competente). Eu tinha expectativas altas para ele porque eu estava esperando ansiosamente para lê-lo por mais de um ano. Isso porque eu tento não ler trilogias ou séries sem o último livro ter sido publicado (eu odeio esperar pra saber o que acontece!). Eu também tinha lido "A Raposa Duplamente Inteligente" e "A Bruxa de Duva" – contos da Bardugo que eu adorei – e eu estava ansiosa para ver o que ela ia fazer com um livro longo. Também porque Fantasia Épica é meu gênero favorito e todo mundo estava falando desta série.
  Às vezes, quando você espera muito de alguma coisa, ela acaba te decepcionando. Mas não foi o que aconteceu com este livro!! Felizmente, ele superou as minhas expectativas em quase todos os sentidos. Ele ganhou 5 estrelas, e aqui vai o porquê:
  Primeiro de tudo, a criatividade da Leigh Bardugo me deixa de boca aberta! As suas idéias mirabolantes, as reviravoltas na história e o encanto que a sua escrita proporciona  são impressionantes. Além disso, ela molda as suas idéias dentro do enredo com destreza, criando histórias completamente mágicas e simplesmente emocionantes, mas que são também coesas e possíveis. Eu não conseguia largar o livro! Não sabia se devorava ele ou saboreava cada momento dele lentamente para que não acabasse tão rápido. No fim eu acabei ele em dois dias.
  Alina não parecia ser uma heroína logo de cara, mas ela rapidamente se revelou uma pessoa forte, gentil e obstinada (no melhor dos sentidos). Muitas vezes esse negócio de  "eu não queria ser o herói!" me irrita e não faz sentido para a história, servindo só como uma ferramenta. Mas essa insegurança dela faz todo o sentido neste contexto e sua transformação é fantástica de se ver.
  Eu também adorei a maneira como o romance é tanto absolutamente importante para o enredo quanto uma coisa secundária ao mesmo tempo. O principal foco da história é o esforço da Alina para encontrar a si mesma, mas também muitas vezes me peguei pensando com quem ela iria ficar no final. As duas coisas se complementaram. E no final, tanto a jornada quanto a consequência foram encantadoras.
  Outra parte que me divertiu foram todos os luxos da nova vida de Alina. As descrições são lindas e fizeram eu me sentir como uma Grisha. O Darkling é outra parte que deu certo. Ele é o bad-boy clássico: bonito, misterioso e completamente charmoso. Eu não sou do tipo de pessoa que curte bad-boys, mas este me deu borboletas várias vezes. Eu amei como Alina fica enfeitiçada com tudo isso, mas, ao mesmo tempo, ela não é facilmente enganada ao ponto de não enxergar as coisas importantes.
  E o Maly, e a Genia, e o Ivan - todos eles na verdade - eram tão reais. Todos os personagens, inclusive os secundários, eram multidimensionais, independentes e consistentes. Eu consegui entender as motivações de todos eles, sentir tudo que estavam sentindo, torcer contra ou a favor deles com facilidade.
  A única (pequena) coisa que me incomodou é como Alina, às vezes, é excessivamente dura com ela mesma. A gente tem vontade de chacoalhar ela pela falta de vontade que ela tem de confiar em si mesma, de acreditar no seu poder, ou de se dar crédito pelas coisas. Claro que é uma coisa perfeitamente normal se sentir inseguro (quem pode dizer que nunca se sentiu assim que jogue a primeira pedra!). E, é claro, é uma emoção completamente coerente com a história. É só pra quem se incomoda com essas coisas não dizer que eu não avisei. Na verdade essa insegurança inicial é um ótimo contraste para quando ela finalmente se encontra. Portanto não vejo isso como uma falha.
  Esta é uma história de autodescoberta e de amadurecimento, mas também é muito mais que isso. Eu adorei e super recomendo!


Minha classificação: 5 de 5 estrelas
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